Coordenadores em Saúde Coletiva divulgam carta em defesa do SUS e contra o congelamento de recursos públicos

AFINCA • 18 de novembro de 2016

Durante os dois dias de reunião em Brasília, 55 coordenadores de programas de pós-graduação em Saúde Coletiva de todo o país aprovaram uma Carta, através da qual se posicionam contra as mais recentes propostas de redução ou congelamento de recursos públicos para as áreas sociais. Confira a íntegra da Carta de Brasília:

Nós, professores e pesquisadores do ensino superior brasileiro e de instituições de pesquisa, coordenadores dos Programas de Pós-graduação em Saúde Coletiva, diante do contexto nacional de ameaça aos direitos constitucionais, à seguridade social, à educação e ao Sistema Único de Saúde – SUS, nos posicionarmos publicamente através desta Carta.

Nossa área, a Saúde Coletiva, nasce nos anos 70 num contexto de intensas e marcantes desigualdades sociais e territoriais, com extrema concentração de renda e indicadores sociais e de saúde catastróficos. Frente a este contexto construímos nossa base teórica, política e ética, comprometidos com a construção de uma sociedade solidária, justa e democrática. Apostamos na construção de políticas públicas inclusivas e garantidoras de direitos sociais e universais, como fundamento da cidadania.

O SUS é, sem dúvida, a expressão dessas propostas para a saúde. Somos parte integrante deste processo e responsáveis pela formação de milhares de mestres e doutores, que atuarão em serviços de saúde, ensino, na gestão governamental, na produção de pesquisa e tecnologia, entre outros. Nossa responsabilidade é tamanha, pois entendemos que uma formação crítica é base para a constituição de profissionais e pesquisadores, que não se furtem a refletir criticamente sobre o mundo em que se vive e o mundo que se pretende construir.

A proposta de redução ou congelamento de recursos públicos para as áreas sociais é inadmissível, os impactos serão sofridos pela população, especialmente pelos grupos mais vulneráveis. Toda a trajetória de conquistas dos últimos 30 anos está em jogo, não podemos nos furtar a esse debate. Reafirmamos a importância de ampliarmos essa discussão no âmbito de nossas instituições e da sociedade.

Como integrantes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco, assumimos a luta pela garantia dos Direitos Constitucionais, a luta pelo direito à Saúde, pelo SUS, pela Seguridade, pela Educação e todo o conjunto de políticas sociais. Reafirmamos o compromisso histórico da Saúde Coletiva com a construção de uma sociedade solidária, justa e democrática.

Nenhum direito a menos!

Brasília, reunião do Fórum de Pós-graduação, realizada nos dias 8 e 9 de novembro de 2016

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