


Há instituições que não se constroem apenas com tijolos e paredes, mas com histórias, valores e sonhos coletivos. O Instituto Nacional de Câncer – o nosso INCA – é uma dessas instituições. Mais que um hospital, mais que um centro de excelência, o INCA é um símbolo vivo da luta por um Brasil que acredita na saúde pública como direito e na dignidade como princípio inegociável.
Erguido com o esforço de gerações de profissionais dedicados – médicos, enfermeiros, técnicos, pesquisadores, gestores, servidores de todas as áreas – o INCA foi, e continua sendo, um farol de esperança para milhares de brasileiros que enfrentam o câncer. Aqui, a ciência caminha de mãos dadas com a humanidade. Aqui, a prevenção é tão importante quanto o tratamento. Aqui, o compromisso com o povo brasileiro sempre foi a base de cada decisão.
Mas vivemos tempos difíceis. O cenário político atual nos impõe desafios graves. Sopram ventos que ameaçam desviar o INCA do seu papel original, que tentam esvaziar sua missão pública em nome de interesses que não dialogam com os princípios do SUS – um sistema único, gratuito, universal e de qualidade, pelo qual tantas vidas já foram salvas.
Nos hospitais federais, sinais de enfraquecimento institucional, decisões sem transparência e com efeitos danosos à população atendida já se manifestam com força. A ausência de diálogo e o desrespeito à participação dos trabalhadores e da sociedade acendem um alerta que não podemos ignorar.
É preciso lembrar: o INCA só existe porque muitos antes de nós lutaram. Lutaram por condições dignas de trabalho, por acesso gratuito à prevenção e ao tratamento do câncer, por uma política pública de saúde que reconhecesse o valor da vida em todas as suas fases. Por memória. Por saúde. Por tudo o que ainda podemos – e devemos – ser.
Texto: Andréa Ferreira
Analista de C&T, no HC-1 e diretora financeira suplente, da Afinca.
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